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Selic Sobe: Impacto no Crédito para Consumidores e Mercado

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Na “Superquarta”, Copom eleva Selic e Fed mantém juros. Especialistas preveem repasse do aumento, com empréstimos mais caros e impacto no mercado de crédito

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Taxa Selic em 1 ponto percentual, levando-a de 12,25% para 13,25% ao ano. A decisão, anunciada na primeira reunião do ano nesta quarta-feira, 29, impacta diretamente o setor financeiro, a exemplo das fintechs, que dependem da Selic para definir o custo de captação de recursos e a oferta de crédito.

“A Selic é o principal termômetro do custo do dinheiro no Brasil. Qualquer alteração impacta diretamente a forma como as fintechs estruturam suas operações, desde a captação de recursos até a precificação dos serviços oferecidos ao consumidor”, afirma Leonardo Moreira Gomes, cofundador e CEO da fintech Paytime, que oferece soluções White Label no modelo no-code por assinatura.

Um dos efeitos mais imediatos da alta da Selic é o encarecimento das operações financeiras, especialmente a antecipação de recebíveis. “Quando a taxa básica sobe, o custo para acessar capital também aumenta. Isso reflete diretamente nas taxas de antecipação de pagamentos, crédito e até nos custos das transações realizadas pelas maquininhas de cartão. Para os clientes, isso pode significar um encarecimento das condições de crédito e financiamento disponíveis no mercado”, explica Gomes.

A decisão foi tomada na “Superquarta”, uma reunião extraordinária do Copom que reúne os principais economistas e especialistas do país para discutir a política monetária. A nova taxa de juros entrará em vigor imediatamente e permanecerá vigente pelos próximos 45 dias.

Com esta elevação, o Brasil continua a ocupar a segunda posição no ranking de maiores juros reais do mundo, atrás apenas da Argentina. O mercado financeiro estima que a Selic possa chegar a 15% ao ano até o final de 2025, caso a inflação não seja controlada de forma eficaz

Impactos para os Consumidores

  1. Aumento no custo do crédito: Com a alta da taxa básica de juros (Selic), o custo de financiamentos e empréstimos aumenta, tornando-se mais caro para os consumidores adquirirem crédito.
  2. Menor poder de compra: O aumento dos juros pode desacelerar a economia, resultando em menor consumo e, consequentemente, menor poder de compra para os consumidores.
  3. Inflação: A Selic é usada como instrumento para controlar a inflação. No entanto, se a inflação persistir, os consumidores podem enfrentar preços mais altos, especialmente em produtos essenciais como alimentos e combustíveis.
  4. Renda fixa em alta: Investimentos em renda fixa, como Tesouro Direto e títulos IPCA+, podem oferecer rentabilidades reais atrativas, mas esses investimentos são mais acessíveis para classes mais altas, ampliando a desigualdade.

Impactos no Orçamento Doméstico

  1. Redução de gastos: Com o aumento do custo do crédito e a menor disponibilidade de crédito, as famílias podem reduzir seus gastos em bens e serviços.
  2. Ajustes no orçamento: As famílias podem precisar ajustar seus orçamentos para contabilizar o aumento no custo de financiamentos e a menor capacidade de consumo.
  3. Aumento das dívidas: Se as famílias continuarem a utilizar crédito apesar dos juros mais altos, elas podem enfrentar um aumento nas dívidas e dificuldades para quitar essas dívidas.
  4. Impacto nas economias familiares: A alta dos juros pode afetar negativamente as economias familiares, especialmente aquelas que dependem de crédito para financiar despesas diárias ou investimentos.

Esses impactos podem ser sentidos de forma mais imediata em linhas de crédito como cartão de crédito e cheque especial, e em operações de grande porte, como financiamentos de imóveis e bens duráveis.

Sobre a Paytime

Paytime é uma Fintech As A Service, que tem como objetivo democratizar o mercado de pagamentos e serviços bancários no Brasil. Fundada em 2018, está presente em todos os estados do país e possui mais de 150 mil clientes cadastrados, além de transacionar cerca de R$ 10 bilhões por ano. É a primeira fintech brasileira White Label e no-code por assinatura e oferece toda a estrutura tecnológica e regulatória necessária para a operação com maquininhas de cartões, contas digitais e outras soluções financeiras.